sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Nunca negue um pão!


>Passava do meio dia, o cheiro de pão quente invadia aquela rua, um sol

>escaldante convidava a todos para um refresco...
>Ricardinho não agüentou o cheiro bom do pão e falou:
>- Pai, tô com fome!!!
>O pai, Agenor, sem ter um tostão no bolso, caminhando desde muito
>cedo em busca de um trabalho, olha com os olhos marejados para o filho
>e pede mais um pouco de paciência...
>- Mas pai, desde ontem não comemos nada, eu tô com muita fome, pai!!!
>Envergonhado, triste e humilhado em seu coração de pai, Agenor pede
>para o filho aguardar na calçada enquanto entra na padaria a sua
>frente...
>Ao entrar dirige-se a um homem no balcão:
>- Meu senhor, estou com meu filho de apenas 6 anos na porta, com muita
>fome, não tenho nenhum tostão, pois sai cedo para buscar um emprego e
>nada encontrei, eu lhe peço que em nome de Jesus me forneça um pão
>para que
eu
>possa matar a fome desse menino, em troca posso varrer o chão de seu
>estabelecimento, lavar os pratos e copos, ou outro serviço que o
>senhor precisar!!!
>Amaro, o dono da padaria estranha aquele homem de semblante calmo e
>sofrido, pedir comida em troca de trabalho e pede para que ele chame o
>filho...
>Agenor pega o filho pela mão e apresenta-o a Amaro, que imediatamente
pede
>que os dois sentem-se junto ao balcão, onde manda servir dois pratos
>de comida do famoso PF (Prato Feito) - arroz, feijão, bife e ovo...
>Para Ricardinho era um sonho, comer após tantas horas na rua...
>Para Agenor, uma dor a mais, já que comer aquela comida maravilhosa
>fazia-o lembrar-se da esposa e mais dois filhos que ficaram em casa
>apenas com
um
>punhado de fubá...
>Grossas lágrimas desciam dos seus olhos já na primeira garfada...
>A satisfação de ver seu filho devorando aquele prato simples como se
>fosse um manjar dos deuses, e lembrança de sua pequena família em casa,
>foi demais para seu coração tão cansado de mais de 2 anos de
>desemprego, humilhações e necessidades...

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Amaro se aproxima de Agenor e percebendo a sua emoção, brinca para
>relaxar:
>- Ô Maria!!! Sua comida deve estar muito ruim... Olha o meu amigo está
até
>chorando de tristeza desse bife, será que é sola de sapato???
>Imediatamente, Agenor sorri e diz que nunca comeu comida tão
>apetitosa, e que agradecia a Deus por ter esse prazer...
>Amaro pede então que ele sossegue seu coração, que almoçasse em paz e
>depois conversariam sobre trabalho...
>Mais confiante, Agenor enxuga as lágrimas e começa a almoçar, já que
>sua fome já estava nas costas...
>Após o almoço, Amaro convida Agenor para uma conversa nos fundos da
>padaria, onde havia um pequeno escritório...
>Agenor conta então que há mais de 2 anos havia perdido o emprego e
>desde então, sem uma especialidade profissional, sem estudos, ele
>estava vivendo de pequenos "biscates aqui e acolá", mas que há 2 meses não recebia nada...
>Amaro resolve então contratar Agenor para serviços gerais na padaria,
e
>penalizado, faz para o homem uma cesta básica com alimentos para pelo
>menos
>15 dias...
>>Agenor com lágrimas nos olhos agradece a confiança daquele homem e
>>marca
>para o dia seguinte seu início no trabalho...
>Ao chegar em casa com toda aquela "fartura", Agenor é um novo homem -
>sentia esperanças, sentia que sua vida iria tomar novo impulso...
>Deus estava lhe abrindo mais do que uma porta, era toda uma esperança
>de dias melhores...
>No dia seguinte, às 5 da manhã, Agenor estava na porta da padaria
>ansioso para iniciar seu novo trabalho...
>Amaro chega logo em seguida e sorri para aquele homem que nem ele
>sabia porque estava ajudando...
>Tinham a mesma idade, 32 anos, e histórias diferentes, mas algo dentro
dele
>chamava-o para ajudar aquela pessoa...
>E, ele não se enganou - durante um ano, Agenor foi o mais dedicado
>trabalhador daquele estabelecimento, sempre honesto e extremamente
>zeloso com seus deveres...

Um dia, Amaro chama Agenor para uma conversa e fala da escola que
abriu vagas para a alfabetização de adultos um quarteirão acima da
padaria, e que ele fazia questão que Agenor fosse estudar...
Agenor nunca esqueceu seu primeiro dia de aula: a mão trêmula nas
primeiras letras e a emoção da primeira carta...
Doze anos se passam desde aquele primeiro dia de aula...
Vamos encontrar o Dr. Agenor Baptista de Medeiros, advogado, abrindo
seu escritório para seu cliente, e depois outro, e depois mais outro...
Ao meio dia ele desce para um café na padaria do amigo Amaro, que fica
>impressionado em ver o "antigo funcionário" tão elegante em seu
>primeiro
terno...
Mais dez anos se passam, e agora o Dr. Agenor Baptista, já com uma
clientela que mistura os mais necessitados que não podem pagar, e os
mais abastados que o pagam muito bem, resolve criar uma Instituição
que oferece aos desvalidos da sorte, que andam pelas ruas, pessoas
desempregadas e carentes de todos os tipos, um prato de comida
diariamente na hora do almoço...
Mais de 200 refeições são servidas diariamente naquele lugar que é
administrado pelo seu filho , o agora nutricionista, Ricardo Baptista...
Tudo mudou, tudo passou, mas a amizade daqueles dois homens, Amaro e
Agenor impressionava a todos que conheciam um pouco da história de
cada um...
Contam que aos 82 anos os dois faleceram no mesmo dia, quase que a
mesma hora, morrendo placidamente com um sorriso de dever cumprido...
Ricardinho, o filho mandou gravar na frente da "Casa do Caminho", que
seu pai fundou com tanto carinho: "Um dia eu tive fome, e você me alimentou.
Um
dia eu estava sem esperanças e você me deu um caminho. Um dia acordei
sozinho, e você me deu Deus, e isso não tem preço. Que Deus habite em
seu coração e alimente sua alma. E, que te sobre o pão da misericórdia
para estender a quem precisar!!!" - (História verídica).
SE ACHAREM QUE VALE A PENA REPASSEM, POIS NUNCA É TARDE PARA COMEÇAR E
SEMPRE É CEDO PARA PARAR.

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